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Comércio exterior com tendência de alta na importação e exportação

O comércio exterior vai conseguir se destacar na retomada da economia? Certamente sim. A projeção aponta, inclusive, para um superávit na balança comercial em 2021. Saiba mais no artigo!

Mesmo depois de um ano difícil, marcado pela paralisação nas atividades econômicas e pelas dificuldades nos processos de importação e exportação, a projeção para o comércio exterior em 2021 é positiva.

De acordo com a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a previsão indica que a balança comercial terá um superávit de U$ 69 bilhões no ano de 2021, registrando uma alta de 33%.

O resultado do último ano já foi positivo. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no acumulado de 2020, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 50,99 bilhões, um aumento de 7% em relação a 2019.

Em 2020, o total de exportações somou US$ 209,92 bilhões, recuando 6,1%, enquanto o acumulado de importação totalizou US$ 158,93 bilhões, reduzindo 9,7% em comparação ao ano anterior.

Mas, afinal, o que irá influenciar o comércio internacional em 2021?

Neste artigo, apresentamos fatores e tendências que podem impactar o desempenho das atividades de comércio exterior. Eles serão decisivos para o alcance do superávit em 2021. Confira!

Comércio exterior: previsão de superávit da balança comercial brasileira em 2021

O superávit de US$ 69,018 bilhões, projetado pela AEB para 2021, deve representar uma alta de mais de 30% quando comparado com os US$ 50,99 bilhões alcançados em 2020.

A estimativa da AEB aponta que o saldo projetado de exportações para 2021 deve chegar a US$ 237,334 bilhões, enquanto as importações podem somar US$ 168,316 bilhões.

Diferentes fatores podem influenciar as projeções

A estimativa definida pela AEB foi feita em dezembro de 2020. Desse modo, vale destacar que uma série de fatores podem impactar os resultados e o desempenho do comércio exterior em 2021. São questões relevantes que devem ser acompanhadas pelos profissionais do setor:

●      O impacto do atraso na vacinação da Covid-19 no Brasil;

●      As movimentações na guerra comercial entre Estados Unidos e China;

●      O comportamento das commodities no “novo normal” e seus impactos na balança comercial brasileira.

Vale destacar ainda que as projeções também podem ser impactadas pelo fato de que as commodities vêm mostrando cotações atrativas para os exportadores brasileiros. Contudo, não há nenhum indicador sobre a permanência dos preços nos patamares atuais.

Importação e exportação

Em 2021, o desempenho do país com o volume de importação será influenciado e definido por uma série de outras questões, como mitigação do nível de desemprego e aumento do consumo das famílias e do governo. Dessa maneira, é possível  ampliar a demanda interna e, assim, acelerar as operações de importação.

Já a estratégia de exportação, segundo avaliação da AEB, será impactada no Brasil e nos demais países da América do Sul, independentemente do nível da taxa cambial. Isso porque os problemas políticos e/ou econômicos enfrentados pelas nações da região influenciam no comércio exterior.

No Brasil, a tendência é que a exportação de commodities continue sendo a força-motriz das exportações brasileiras, com a soja como produto carro-chefe.

A AEB estima que, em 2021, a oleaginosa vai liderar o ranking dos produtos brasileiros de exportação, com uma receita recorde de US$ 36,550 bilhões.

Entre os produtos mais exportados, soja, petróleo e minério de ferro devem ser responsáveis pelo recorde de 40,2% do volume de exportação brasileira estimado para 2021.

O impacto do Custo-Brasil no comércio exterior

Para que o Brasil consiga se destacar no comércio internacional, a implantação de uma série de reformas, que sejam capazes de viabilizar a redução do Custo-Brasil, é necessária. Sem ela, dificilmente o país conseguirá obter destaque, indo além da participação meramente residual no comércio mundial, que varia de 1% a 1,2%.

São medidas importantes para a redução do Custo-Brasil:

●      Discussão e aprovação da reforma tributária;

●      Indicação da reforma administrativa;

●      Concessões e privatizações em infraestrutura logística;

●      Implementação do Acordo de Facilitação do Comércio;

●      Conclusão da área de importação do Portal Único de Comércio Exterior.

Tais iniciativas podem otimizar muito a estratégia de comércio exterior no Brasil, gerando impactos positivos na exportação de produtos manufaturados, reduzindo a burocracia e facilitando a negociação de acordos comerciais com países ou blocos.

Gostou do artigo e quer saber mais sobre o futuro do comércio exterior no país? Continue acompanhando o blog!