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A transição para a reforma tributária: planejamento estratégico como fator de sucesso

Durante a transição para a Reforma Tributária, o planejamento estratégico é um dos primeiros passos para o sucesso da sua empresa. Saiba mais sobre o assunto.

A implementação da Reforma Tributária no Brasil inaugura uma nova era para a gestão fiscal das empresas. 

Com um cronograma de transição que se estende de 2026 a 2033, o período será marcado pela coexistência de regras antigas e novas, exigindo um nível de organização e planejamento inédito para muitas empresas. 

Embora a promessa de simplificação seja o objetivo final, o caminho até lá será complexo.
Nesse cenário, o planejamento estratégico deixa de ser uma opção e se torna o principal fator para uma transição bem-sucedida, permitindo que as empresas não apenas sobrevivam às mudanças, mas prosperem com elas.

 Adotar uma postura proativa é essencial para mapear desafios e investir em adaptação. Isso resulta em uma vantagem competitiva significativa. 

A jornada exige uma análise profunda dos processos atuais e a construção de um roteiro claro para o futuro, onde a tecnologia e o conhecimento especializado serão indispensáveis.

Entendendo a linha do tempo da mudança 

O planejamento estratégico deve ser ancorado no cronograma oficial da reforma. A transição foi desenhada para ser gradual, visando mitigar impactos abruptos na economia e permitir a adaptação de contribuintes e do fisco. 

Conhecer as etapas é fundamental para definir prioridades:

  • 2026 
    Início da fase de testes, com uma alíquota simbólica de 0,9% para a CBS e 0,1% para o IBS. O objetivo é calibrar os sistemas das empresas e da administração tributária. 
  • 2027
    A CBS passa a ser cobrada efetivamente, com a extinção do PIS e da COFINS. O Imposto Seletivo (IS) também entra em vigor. 
  • 2029 a 2032 
    Período de transição para o IBS, com a redução progressiva das alíquotas do ICMS e do ISS. As empresas operarão com um sistema híbrido.
  • 2033
    O novo modelo entra em vigor plenamente, com a extinção total do ICMS e do ISS e a consolidação do IBS e da CBS. 

O ponto de partida: um diagnóstico 360°

O sucesso da transição começa com um profundo entendimento do ponto de partida. Um diagnóstico 360 graus permite que a empresa identifique vulnerabilidades e oportunidades antes que as novas regras entrem em vigor. 

Essa análise deve abranger quatro pilares centrais:

  1. Análise de carga tributária atual
    Mapear todos os tributos incidentes sobre as operações para simular o impacto da migração para o IBS e a CBS.
  2. Revisão de processos fiscais e contábeis
    Documentar as rotinas de apuração, recolhimento e entrega de obrigações acessórias para identificar os processos que serão mais afetados.
  3. Avaliação de Sistemas e Tecnologia
    Verificar se os sistemas de ERP e as ferramentas fiscais atuais têm a capacidade de se adaptar às novas exigências, como o cálculo simultâneo de diferentes tributos.
  4. Capacitação da Equipe
    Avaliar o nível de conhecimento interno sobre a reforma e identificar as necessidades de treinamento para os times fiscal, contábil, financeiro e de TI.  

Do diagnóstico à ação: etapas para um planejamento eficaz

Com o diagnóstico em mãos, é hora de construir um plano de ação. Este roteiro deve detalhar as iniciativas, os responsáveis e os prazos, alinhados ao cronograma da reforma. 

Uma abordagem estruturada pode incluir a criação de um comitê multidisciplinar, com representantes das áreas de finanças, tributos, jurídico, TI e operações, para liderar o projeto de transição

Esse plano deve contemplar a alocação de recursos para investimentos em tecnologia, consultoria especializada e capacitação das equipes. 
A revisão de contratos com clientes e fornecedores também é uma etapa crítica para garantir que os preços e as condições comerciais reflitam a nova realidade tributária, evitando perdas de margem.

O papel crítico da tecnologia e de parceiros especializados

A complexidade da transição, especialmente no período em que dois sistemas tributários coexistirão, torna a dependência de processos manuais um risco elevado e impacto significativo.

A tecnologia é o pilar que sustentará uma adaptação segura e eficiente. 

Softwares de gestão fiscal e contábil precisarão ser robustos para automatizar os novos cálculos, gerenciar créditos tributários de forma precisa e garantir a conformidade com as novas obrigações acessórias.

Além disso, contar com parceiros especializados pode acelerar a curva de aprendizado e mitigar riscos.

Fornecedores e empresas de tecnologia com expertise na legislação tributária brasileira podem oferecer o suporte necessário para interpretar as novas regras e implementar as melhores práticas de gestão, permitindo que a empresa foque em sua atividade principal.
A Reforma Tributária é um evento transformador que, embora desafiador, abre portas para maior eficiência e transparência. 
Um planejamento estratégico cuidadoso, iniciado o quanto antes, será o diferencial para as empresas que desejam atravessar este período de mudanças de forma segura e bem-sucedida

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