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Qual é o papel do jurídico na adoção do ESG?

Nos últimos anos, o conceito de ESG tem ganhado destaque crescente no mundo empresarial. Companhias que adotam esse princípio buscam aliar a mitigação de impactos ambientais e a promoção de equidade social ao fortalecimento de reputação e atração de investidores conscientes. 

Nesse cenário, o departamento jurídico das organizações tem expressivas contribuições a dar. Não apenas na orientação legal para adoção dessas práticas, mas também na formulação de estratégias robustas que sustentem o compromisso com um desenvolvimento sustentável e socialmente responsável.

Para compreender melhor a relação entre o universo do Direito e o ESG, é só seguir com a leitura deste conteúdo.

Afinal, o que é ESG?

ESG é uma sigla em inglês para Environmental, Social and Governance e representa um conjunto de práticas empresariais sustentáveis focadas em meio ambiente, responsabilidade social e governança corporativa. 

Organizações que adotam esse padrão demonstram que estão empenhadas em diminuir o impacto que causa na natureza, promover justiça social e manter uma gestão transparente e ética. 

Além de melhorar a reputação corporativa, colocar em prática esse conceito aumenta as chances de atrair investidores conscientes e pode resultar em vantagens competitivas. 

Como as empresas estão adotando o ESG em busca de resiliência e crescimento

A adoção de práticas ESG pelas empresas tem se mostrado essencial para enfrentar um cenário global cada vez mais imprevisível e desafiador, que chega a incluir até mesmo conflitos geopolíticos e mudanças climáticas extremas. 

Em prol de serem sustentáveis, as organizações estão investindo cada vez mais em soluções ESG, especialmente na gestão de dados e transparência dos fornecedores. A inteligência artificial, ou IA, surgiu como uma ferramenta que faz toda a diferença para melhorar a coleta e análise de dados, permitindo melhor rastreabilidade das emissões de gases de efeito estufa e conformidade com regulamentações ambientais, por exemplo.

Vale destacar, no entanto, que a implementação desse conceito no dia a dia de companhias não se resume apenas ao cumprimento de obrigações regulatórias. Ela está diretamente ligada ao desempenho financeiro e ao sucesso a longo prazo das empresas.

Ao que tudo indica, quem não está atento a esse movimento corre o risco de defasagem em pouco tempo. O estudo The 2023 State of Corporate ESG, do Thomson Reuters Institute, indica que 71% dos líderes empresariais esperam que o ESG se torne cada vez mais importante para o desempenho corporativo. 

Avanços tecnológicos, mudanças regulatórias e soluções digitais maduras já estão moldando essa evolução, transformando o ESG de uma obrigação em um motor para o crescimento financeiro.

O papel do jurídico na agenda de ESG

Na atualidade, está demonstrado que é possível buscar objetivos financeiros ao mesmo tempo em que se desempenha um papel significativo para o desenvolvimento sustentável. 

Esse equilíbrio deve ser não só uma aspiração, mas uma necessidade. Mais do que isso, já se trata de uma exigência para organizações que querem prosperar enquanto fazem, de fato, a diferença no mundo atual. 

O departamento jurídico de uma companhia desempenha um papel importante no apoio à definição e consolidação de estratégias ESG nas empresas. 

Além disso, também deve se organizar internamente para aderir a essa agenda, definindo indicadores de sustentabilidade e publicizando métricas e conquistas nesse campo. É algo que envolve definir regras de governança, normatização de estratégias, diagnóstico de compliance, gestão de terceiros e apoio em projetos ambientais, de direitos humanos, finanças sustentáveis e proteção de dados, por exemplo.

Como os departamentos jurídicos estão respondendo aos desafios ESG

Um dos desafios enfrentados pelos profissionais jurídicos em uma empresa está em compreender a regulamentação de novas iniciativas. Estas são bastante diversas, englobando variadas áreas de especialização no Direito.

Além desse conhecimento técnico, é essencial investir em uma detalhada coleta de informações para entender a situação da companhia e determinar as medidas necessárias para se alcançar os objetivos determinados. 

Por exemplo, eventualmente é preciso avaliar o desempenho do negócio em relação a questões como emissões de carbono, diversidade, inclusão e métricas de sustentabilidade.

Outras ações possíveis de resposta aos desafios ESG são:

  • Integrar os princípios de investimento socialmente responsável, sustentabilidade ambiental e governança corporativa aos serviços jurídicos, já que essa ação sinaliza o comprometimento em enfrentar os desafios sociais atuais.
  • Desenvolver manuais internos e contratos externos com foco no ESG, substituindo os antigos por convenções baseadas em boas práticas. Essas cláusulas ajudam a mitigar riscos e demonstram o compromisso com práticas sustentáveis e socialmente responsáveis.
  • Investir em uma cultura baseada em dados, a fim de compreender com maior praticidade e riqueza de detalhes a realidade atual da organização. Com esse conteúdo, fica mais fácil ter insights e propor soluções dentro da agenda ESG.

Um departamento jurídico alinhado aos conceitos de ESG ajuda a empresa não apenas a se adequar a conformidades regulatórias, colaborando inclusive para que ela se mantenha como uma referência nesse movimento sustentável.  

Quer compreender melhor os desafios e oportunidades em ESG, como as empresas estão administrando essa agenda e o que demandam de provedores de soluções? Então, te convidamos para a leitura do nosso Relatório ESG corporativo. 

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