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Como a tecnologia e a neurociência estão redefinindo o rumo da Justiça A neurociência coordena todas as atividades do corpo humano, voluntárias ou não, que possibilitam compreender como nosso cérebro é influenciado e desenvolvido. Integrada à tecnologia, a neurociência não só traz novos parâmetros de aprendizado aos profissionais do Direito como, também, explica situações criminais por um outro ponto de vista. Saiba como nesse post.

Nos últimos anos, a neurociência ocupou um espaço privilegiado nas áreas que ligam as relações humanas, a tecnologia e a economia. Mas antes de mostrar como essa ciência tem impactado setores, como o jurídico, é preciso entender o que é a neurociência e onde ela atua. Em resumo, é a área que estuda o sistema nervoso do corpo humano, com o objetivo de desvendar o seu funcionamento, estrutura, desenvolvimento e possíveis alterações. Apesar de ser um estudo com diversas vertentes e complexo, é definido por três elementos: cérebro, medula espinhal e os nervos periféricos. São praticamente esses os responsáveis por coordenar todas as atividades do corpo humano, sejam elas voluntárias ou não, que possibilitam compreender como nosso cérebro é influenciado e desenvolvido pelas nossas experiências diárias. Baseado nelas é que conseguimos, por exemplo, entender melhor a mente de criminosos.

Entendendo o que a neurociência faz, fica mais fácil compreender como essa ciência tem auxiliado o setor jurídico. Primeiro, já foi comprovado que o cérebro humano valoriza mais o presente do que o futuro. Trazendo isso para o mundo criminal, vemos que os criminosos pensam em curto prazo. Existe até um conceito sobre essa ação do cérebro de querer as coisas de forma imediata: ela é chamada de desconto hiperbólico do futuro. O desconto hiperbólico é a análise do cérebro em ter uma recompensa imediata no lugar de uma maior, porém futura.

Você prefere receber R$200 agora ou R$205 daqui a três dias? A maioria das pessoas irá escolher R$200 agora e a neurociência explica. Isso acontece porque nosso cérebro compreende que os R$205 do futuro terá menos valor que os R$200 de agora, pois é automático darmos um desconto para a recompensa futura e diminuir o seu valor real. Mas, ao analisar racionalmente, fará mais sentido ter os R$205 daqui três dias. Esse comportamento de ter a recompensa de forma imediata está ligado a dois caminhos: instinto de sobrevivência e a incapacidade humana de imaginar o futuro da mesma forma que o presente.

É fato que o nosso cérebro tem segredos que ainda não foram desvendados por especialistas em neurociência, mas a ciência já comprova que há duas estruturas nele que reagem em sintonia e definem a maneira como pensamos:

  • Sistema Instintivo – Irracional e impulsivo.
  • Sistema Cognitivo – Mais lento que o sistema instintivo, porém computa a informação de forma mais precisa.

Trazendo esse estudo para a área criminal, você entende melhor como um criminoso age. Por exemplo, se o ladrão de um banco souber que vai ficar preso imediatamente após o roubo e que a sua pena será rapidamente executada, essa pena exerce um decréscimo grande na escala de utilidade de um criminoso – já que ele levaria mais tempo para ser condenado. 

No caso de um corrupto, que irá ser julgado por quatro instâncias do STF para pagar por um crime, consequência futura, ele não leva muito em consideração a questão do tempo, visto que a relação de custo x benefício imediato parece muito maior.

Percebemos, então, que a Neurociência estuda como nosso cérebro se desenvolve a partir das nossas experiências e como nosso sistema nervoso responde a estes estímulos. Dentro desta ciência, vemos ainda a Neurociência Cognitiva, uma subdivisão da neurociência que estuda as capacidades mentais de aprendizado do ser humano através dos cinco sentidos, que nos levam a desenvolver nosso intelecto e comportamento, assim como interações e adaptações ao meio em que vivemos. Ou seja, é o estudo de como uma pessoa adquire conhecimento a partir de experiências sensoriais vividas, como uma música, um aroma, o gosto de uma refeição ou uma imagem. Em resumo, todas as ações que tomamos, independente do caráter, têm a influência da neurociência cognitiva. E estas ações podem ser compiladas para se criar parâmetros que concedam os subsídios necessários para uma análise mais precisa sobre as tomadas de decisão junto ao dia a dia do profissional de direito, por exemplo.

Baseado em todo o conceito da Neurociência, é mais fácil compreender a Jurimetria, que traz uma análise simples e direta para a aplicação no direito. Isso porque ela é um conjunto de softwares jurídicos que, com base em dados reais, criam estatísticas para um advogado analisar como um juiz define suas sentenças. Por meio do Legal One™, nossa solução para o setor jurídico, oferecemos esse tipo de serviço com informações seguras e úteis para esta análise ao lançar dados de juízes e comarcas, assim como seus pedidos e decisões, que dão início a um processo de estudo de ganho/perda conforme solicitação.

A partir do momento que ele muda da comarca A para a comarca B, todos os processos na comarca B acabam sendo julgados da mesma forma que eram na comarca A – o que traz pontos negativos e positivos, dependendo dos pedidos formulados.

No entanto, os dados da Jurimetria não se limitam aos juízes. As análises podem ser usadas em decisões de primeiro e segundo grau, com comarcas, varas, juizados, teses diferentes e até a possibilidade de novas teses e suas estatísticas aplicadas. Os dados compilados e analisados podem prever tudo o que vem por aí, até mesmo informações sobre a média do valor de uma indenização paga para um determinado tipo de processo.

Aprender com a Neurociência pode ajudar você a enfrentar os desafios diários do Direito. Confira alguns pontos onde isso pode ser aprimorado:

  • Motivação: Fomentada pelo aprendizado, a motivação é essencial na carreira jurídica. Quando o profissional se depara com uma situação positiva, isso o motiva. Caso tenha uma tarefa complicada e que o desmotive, a sua aprendizagem é interrompida. Por isso, busque atividades que auxiliem no desenvolvimento intelectual e não simplesmente resolva conteúdos. A sua curiosidade precisa ser despertada, então proponha desafios que o motivem.
  • Emoção: O ser humano está ligado intimamente à emoção, então ela nos afeta de duas formas: positiva ou negativa. No lado positivo, ela precisa ser instigada. Já no negativo, desestimulada. Assim, a evolução intelectual não será prejudicada.
  • Atenção: É fato: o sistema nervoso só captura informação quando está atento. Ao estarmos atentos, compreendemos o significado e entendemos a mensagem passada. A falta de atenção é consequência da indisciplina e da falta de estímulo. Como profissional, busque por áreas que mantenham a sua total atenção.
  • Memória: Aprender não se prende ao ato de gravar informações, mas também ao conteúdo que afeta você. Por isso, além de memorizar por meio de repetições para assegurar uma informação, o conteúdo que você aprende precisa fazer sentido em sua vida.

Agora você sabe que investir em tecnologia e dados auxiliam na visão estratégica do seu negócio. E em nosso mundo digital, você não é mais definido por estar conectado, mas por saber exercer a profissão com o que as ferramentas oferecem. Conheça as melhores soluções do Legal One™, tenha acesso ao futuro agora e desenvolva o seu negócio com ainda mais eficiência e produtividade. 

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