Seu escritório de advocacia ou departamento jurídico está considerando um novo software de gestão, mas o custo parece alto? Se quiser ter segurança na decisão de que o investimento realmente valerá a pena, o ROI vai ser um auxílio fundamental.
Essa sigla, cada vez mais presente nas decisões estratégicas, permite avaliar com precisão se o aporte em uma aplicação desse tipo vai trazer os resultados esperados.
Para entender como calcular ROI e outros detalhes que vão servir de apoio na decisão de compra de um sistema de gestão jurídico, continue a ler este artigo.
O que é ROI e por que ele importa?
ROI é a sigla para Return on Investment, ou Retorno sobre Investimento. Ele é uma forma direta de responder a uma pergunta que está por trás de quase todas as decisões financeiras: o que eu ganho em troca do que estou gastando?
No contexto de um ERP, esse conceito ajuda a entender se o valor investido na aquisição e implementação do sistema será compensado pelos benefícios gerados no dia a dia da empresa.
Um ROI positivo indica que valeu a pena. E, quanto maior for, melhor a rentabilidade da decisão.
Como calcular o ROI de um software de gestão: passo a passo
Calcular o ROI é um tanto quanto simples. O resultado a que você chegar vai demonstrar o retorno em relação ao valor investido. A fórmula básica é representada da seguinte forma:
ROI = (Ganho obtido – Custo do investimento) / Custo do investimento
Por exemplo, se um sistema custou R$50.000 e gerou um ganho de R$100.000, o ROI seria:
(100.000 – 50.000) / 50.000 = 1, ou seja, 100% de retorno.
O resultado será um número decimal que deve ser convertido em porcentagem para facilitar a interpretação. Ou seja:
ROI = 1 × 100 = 100%
Se o resultado fosse, por exemplo, 0,5, o ROI seria de 50%. Isso indicaria que metade do valor investido foi recuperado como ganho direto.
Vale dizer que esse cálculo pode ser feito em qualquer periodicidade, como algo semestral ou em 5 anos, apenas para citar dois exemplos. Existe até mesmo o ROI preditivo, que é uma estimativa feita antes mesmo de comprar uma aplicação com base em dados históricos, análises estatísticas e benchmarking. Vai depender de qual é o intuito ao realizar essa verificação.
Ainda assim, há empresas que optam pela medição anual por ser um prazo possível para implantação inicial, período de adaptação e treinamento e avaliação de benefícios que vão se consolidando ao longo do tempo.
Levantando custos e ganhos
Para que o ROI seja confiável, é fundamental entender quais custos e quais ganhos devem ser considerados.
Um primeiro passo é identificar gastos diretos e indiretos com a plataforma, o que inclui licença ou assinatura, taxas de implementação e customização, treinamento da equipe e suporte.
Avalie ainda a aquisição de equipamentos, caso seja necessário atualizar infraestrutura, e horas de trabalho da equipe envolvida na implementação. É importante não subestimar os custos indiretos como o tempo de paralisação de atividades para a implementação da ferramenta ou necessidade de realocação de tarefas durante a etapa.
Depois, é hora de avaliar os ganhos.
Estime os benefícios financeiros
A etapa seguinte é aquela em que é necessário levantar os ganhos que o sistema de gestão poderá gerar ou já ocasionou ao longo do tempo. Aqui entra redução de custos operacionais, como economia com papel, retrabalho e processos manuais, por exemplo.
Contemple também o que se espera de ganho de produtividade, com equipes conseguindo entregar mais em menos tempo. Automação de rotinas, liberando profissionais para atividades mais estratégicas, e a diminuição de perdas financeiras devido a menos erros são outros fatores a considerar.
A ideia é estimar tudo o que é vantajoso e os ganhos provenientes.
Tipos de retorno: onde o sistema de gestão entrega valor
Nem todo benefício aparece imediatamente no extrato bancário. Muitos ganhos são indiretos, mas influenciam diretamente a saúde financeira e a organização do escritório ou empresa.
Por exemplo, a eficiência operacional costuma ser bastante aprimorada ao adotar um software de gestão. Outra tendência é a redução de custos por conta de automatização de processos.
E, ao contratar ou comprar um software completo, que conte com as principais funcionalidades para o dia a dia de um escritório ou departamento jurídico, vai ser eliminada a necessidade de contratar diferentes sistemas. Além da economia financeira, tem ainda a vantagem de dispor de uma visão unificada do negócio.
Por que o ROI de um ERP bem implementado é sempre positivo?
A principal razão está na capacidade de transformação do negócio com o software de gestão. Não se trata só de uma ferramenta administrativa. É um motor de crescimento e estabilidade para o negócio, influenciando diretamente o aumento de receita e melhoria da experiência dos clientes.
Claro, isso só acontece quando a escolha é bem feita. Um sistema incompleto, que exige integrações com outras ferramentas, acaba encarecendo o projeto, aumentando a complexidade e fragmentando a visão de gestão.
Por isso, ao avaliar um ERP, é essencial considerar a abrangência das funcionalidades, a facilidade de integração com o que já existe na empresa e a experiência do fornecedor com o seu segmento de atuação.
E se o ROI não for tão alto quanto esperado?
Se o cálculo mostrar um ROI abaixo do ideal, isso pode indicar desafios a serem superados. É o caso de escolha errada do sistema, falta de treinamento da equipe, implantação mal planejada e subutilização de funcionalidades. Nesse caso, vale reavaliar o uso da plataforma contratada e buscar ajustes. Ou, caso isso não dê solução, buscar uma alternativa mais completa e moderna no mercado.
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