Elas fazem a diferença: 7 advogadas que estão transformando o Direito

Segundo o Perfil ADV divulgado pela OAB, 50% de mulheres, 49% de homens e 1% pertencente a outras identidades de gênero – pessoas não binárias (0,2%), transgêneros (0,1%), travestis (0,1%) e outras (0,1%) – compõem o panorama atual da advocacia brasileira.

Dito de uma forma mais simples, a advocacia é majoritariamente feminina. No entanto, essa representatividade numérica ainda não se traduz plenamente em equidade nos cargos de liderança.

Muitas advogadas continuam enfrentando preconceito de gênero e barreiras institucionais que dificultam sua ascensão a posições de destaque e reduzem as perspectivas para outras profissionais avançarem na carreira jurídica.

Felizmente, cada vez mais mulheres ocupam espaços estratégicos no Direito, promovendo mudanças reais no setor. Por isso, no artigo de hoje, vamos falar de 7 advogadas que estão moldando o presente da advocacia. Acompanhe e conheça quem está fazendo a diferença!

1. Juliana Ono: a estrategista que redefine o conteúdo jurídico

Juliana Ono está entre os principais nomes quando se trata da integração entre tecnologia e produção de conhecimento no setor jurídico e tributário.

Diretora de Operações de Conteúdo na Thomson Reuters, seu trabalho acompanha a transformação do mercado jurídico, ampliando o acesso ao conhecimento e seu impacto na tomada de decisões. 

Sua visão sobre inovação aplicada ao Direito fortalece a atuação de advogadas, advogados, escritórios e departamentos jurídicos.

Com quase duas décadas de experiência, lidera equipes e projetos que incorporam automação, inteligência artificial e metodologias ágeis para otimizar fluxos editoriais e garantir acesso a informações confiáveis e estratégicas.

Se o futuro da informação jurídica passa pela integração entre conteúdo, tecnologia e estratégia, Juliana Ono está na linha de frente dessa transformação.

📌 Quer saber mais sobre seu pensamento? Juliana Ono discute o tema "Inteligência Artificial, ética e confiança nos dados"

2. Sílvia Piva: inovando no Direito Tributário e tecnologias emergentes

Na interseção entre o Direito Tributário e a inovação tecnológica, Sílvia Helena Gomes Piva se destaca como uma grande liderança. Com uma formação robusta, incluindo Doutorado e Mestrado em Direito Tributário pela PUC-São Paulo, ela traz uma combinação única de expertise acadêmica e prática ao setor.

Como membro ativo do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) e Coordenadora no Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), Sílvia contribui significativamente para a formação de novos profissionais, compartilhando seu conhecimento como professora e conferencista. Sua experiência se estende à gestão estratégica de contenciosos tributários, onde otimiza a carteira de processos judiciais para grandes e médias empresas, garantindo eficiência e resultados positivos para seus clientes.

Além de sua atuação prática, Sílvia é pesquisadora no Instituto de Estudos Avançados da USP, focando em simbioses humano-tecnológicas. Sua produção acadêmica inclui livros e artigos que exploram a convergência entre Direito Tributário, inovação e novas tecnologias. Atualmente, como COO do GHBP, Sílvia lidera as operações, inovação e tecnologia, solidificando seu papel como uma agente de transformação no cenário jurídico. Sua visão para o futuro do Direito Tributário enfatiza a importância da integração tecnológica como um motor para a modernização e evolução do campo.

📌 Quer saber mais sobre seu pensamento? Sílvia Piva discute o tema “Organotécnica: da invisibilidade à governança de uma sociedade interdependente”

3. Camila Jimene: pioneira no Contencioso Digital e Compliance

Camilla Jimene é uma referência no campo do Contencioso Digital e Compliance, com uma carreira marcada por inovação e liderança. Graduada em Direito pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduada em Direito Processual Civil pela PUC/SP, ela combina uma sólida formação acadêmica com uma prática jurídica de ponta.

Camilla é cofundadora do projeto SER.A.CEO e desempenha um papel crucial como Coordenadora do Comitê de Estudos em Compliance Digital da LEC. Sua expertise também é reconhecida na Escola Paulista de Direito, onde coordena a Pós-Graduação em Direito Digital, e como professora convidada em instituições de prestígio como a Universidade Presbiteriana Mackenzie e PECE/USP.

Reconhecida por sua excelência, Camilla foi destacada por quatro anos consecutivos pelo ranking Análise Advocacia Mulher como a advogada mais admirada na especialidade Digital. Seus prêmios incluem recomendações pelo The Legal 500 em Cybersecurity and Data Privacy e Tech, Innovation and Digital Business, além de figurar no Best Lawyers por sua atuação em Information Technology Law.

Seu trabalho se estende a diversas áreas, desde telecomunicações até o setor automotivo, refletindo sua capacidade de navegar com sucesso em múltiplos campos do Direito. Com um olhar voltado para o futuro, Camilla continua a influenciar o cenário jurídico brasileiro, promovendo a modernização e a adaptação às demandas tecnológicas emergentes.

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4. Juliana Moraes: construindo pontes entre Direito e tecnologia

Na convergência entre inovação e prática jurídica, Juliana Moraes se destaca como uma referência na integração entre Direito e tecnologia. Com 15 anos de experiência, sua atuação na Thomson Reuters impulsiona o desenvolvimento de soluções que otimizam fluxos de trabalho, aprimoram a eficiência operacional e conectam advogados às novas demandas do mercado.

Especialista em produtos jurídicos, Juliana combina visão estratégica e domínio técnico para transformar a maneira como os profissionais do Direito acessam e utilizam a informação. Seu trabalho vai além do desenvolvimento de ferramentas, trazendo uma nova abordagem para a modernização dos processos jurídicos e a adaptação da advocacia às exigências do mundo digital.

Ao longo de sua trajetória, tem sido peça-chave na adoção de tecnologias jurídicas que modernizam escritórios e departamentos jurídicos. Seu olhar para o futuro reforça que a inovação é um caminho necessário para a evolução da prática jurídica.

5. Maria Olívia Machado: criando redes para o futuro da advocacia

Maria Olívia Machado construiu sua carreira fortalecendo a inclusão de mulheres no Direito. 

Como fundadora do The Women in Law Mentoring Brazil, desenvolve programas que conectam advogadas em diferentes estágios profissionais, promovendo uma rede de apoio estruturada para ampliar o acesso a cargos de liderança.

Com mais de uma década de experiência como mentora jurídica, atua na capacitação de advogados e advogadas, ajudando-os a transformar conhecimento em resultados práticos. Professora da Pós-Graduação da USP, também foi reconhecida como LinkedIn Top Voice, título concedido a profissionais que compartilham insights estratégicos e promovem debates relevantes na plataforma.

Seu trabalho tem impacto direto na construção de ambientes mais diversos no setor, garantindo que mais mulheres tenham oportunidades reais de crescimento e influência na profissão.

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6. Patrícia Peck: pioneirismo no Direito Digital

Patrícia Peck é reconhecida como uma das principais especialistas em Direito Digital no Brasil. 

Sua carreira é marcada pela criação de estratégias inovadoras para a proteção de dados e segurança digital, temas que têm ganhado destaque no universo jurídico global e interconectado. É autora de Direito Digital (2002), obra que marcou o estudo da disciplina no Brasil e serviu de referência para novas pesquisas na área.

Além disso, contribui para o avanço do compliance digital, ajudando empresas e escritórios a navegar por regulamentações complexas de forma estratégica. Recentemente, foi nomeada integrante da Comissão de Proteção de Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reforçando seu papel de liderança na área.

Sua atuação abrange também a educação, sendo professora e palestrante, disseminando conhecimento sobre cibersegurança, propriedade intelectual e inteligência artificial. 

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7. Marina Ganzarolli: ativismo e inclusão no Direito

Marina Ganzarolli é uma advogada comprometida com a promoção da igualdade e diversidade no campo jurídico. Cofundadora da Rede Feminista de Juristas (DeFEMde), trabalha para criar um sistema jurídico mais inclusivo e alinhado às demandas contemporâneas.

Também fundadora da ONG Me Too Brasil, Marina desenvolve iniciativas para acolher vítimas de violência sexual, promovendo assistência e conscientização sobre o tema.

Sua atuação vai além da advocacia tradicional, abrangendo ações que promovem a equidade de gênero e os direitos LGBTQIA+, demonstrando que o Direito pode ser uma ferramenta poderosa para a transformação social.

Marina também é fundadora da MG Consulting, onde oferece workshops para a criação e introdução de políticas organizacionais que consideram a defesa dos direitos LGBTQIA+, abordando temas como prevenção de condutas inadequadas no trabalho, assédio moral e ações discriminatórias.

Sua trajetória inclui a presidência da Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da OAB/SP, sendo a primeira lésbica a ocupar essa posição, além de ser conselheira seccional da OAB São Paulo.

Marina Ganzarolli é uma voz ativa na luta por um sistema jurídico mais inclusivo e igualitário, utilizando o Direito como instrumento de transformação social.

📌 Quer conhecer seu pensamento? Leia seus insights sobre equidade de gênero e direitos LGBTQIA+.

A advocacia é feminina

A liderança feminina no Direito traz inovação, fortalece a diversidade e redefine padrões. Essas cinco profissionais ampliam horizontes e criam oportunidades, inspirando a transformação do setor.

Não é preciso esperar o amanhã – o futuro já virá. O trabalho delas transforma o presente jurídico, que exige conhecimento técnico e visão estratégica, para uma advocacia mais equitativa, eficiente e alinhada às demandas do hoje.